Pobreza de espírito
Hoje meu tio (único irmão da minha mãe) me ligou e perguntou onde será a festa surpresa que eu e minha irmã estamos organizando (pra comemorar os 50 anos da minha mãe). Confesso que fiquei um tanto surpresa, uma vez que ele já havia demonstrado toda a sua insatisfação quanto à escolha do local e do tipo de comemoração: "Pô, tinha que fazer um churrasco, avisar com antecedência!"
Quando minha irmã me contou que ele fizera tal comentário, já fiquei meio P da vida, afinal o aniversariante não é ele, não é ele quem está organizando nada e ,muito menos, está sendo obrigado a ir a lugar algum.
Minha mãe sempre sonhara em dar um festão quando completasse 50 anos, mas motivos financeiros a impediram de concretizar tal sonho. Então, eu e a Karin(minha irmã) resolvemos convidar a família e os amigos mais próximos para irem ao Café Etílico e fazermos uma surpresa pra ela.
Ela e minha prima Juliana se encarregaram de contatar as pessoas e reservar o local. Várias pessoas confirmaram, mas qual não foi a surpresa da Karin, quando meu tio liga, todo revoltado, recriminando nossa escolha, dizendo o que já relatei (entre outras coisas...) e afirmando que não iria porque era "o tipo de comemoração só pra fazer as pessoas gastarem dinheiro".
Ela tentou argumentar, dizendo que os R$ 15,00 era o couver da banda, que o segundo andar estava todo reservado para nós, que haveria a tal banda tocando, o espaço estaria enfeitado, e que cada um pagaria apenas o que consumisse. Em vão. Ele se manteve irredutível e reafirmou que não iria.
Cada um tem o direito a ter opinião própria (e expressá-la), mas a atitude dele foi um tanto rude e desnecessária. Se ele não tá afim de ir, ou não tá com grana pra gastar, era só agradecer o convite e não ir. Mas não, tinha que fazer um show.
Aí, quando falou comigo hoje (todo cheio de má vontade, por sinal) perguntou:
-"Onde vai ser o negócio amanhã?"
-"Na Barra, perto do Recreio"
-"Tá, mas onde?"
-"No Café Etílico, nas Américas, 7380. Perto do Ribalta"
-"E quanto é pra entrar?"
-"R$ 15,00."
-"E isso dá direito a quê??"
-"É o couver artístico, não dá direito a nada."
-"Então, se eu quiser beber um copo d'água, vou ter que pagar?"
-"Sim."
-"Puta que o pariu!!"
-"Olha, Ignacio, você num é obrigado a ir"
-"Num tô falando que sou obrigado a ir!"
-"Então tá"
-"Se der, quando eu sair do trabalho eu passo lá"
-"Tá bom,tchau"
-"Tchau, um beijo"
Achei horrível essa atitude dele! Pô, tá todo mundo duro! eu mesma tô mais dura que sei lá o quê. Mas, pô, é o aniversário de 50 anos da irmã mais velha dele, até minha avó vem de São José dos Campos!!! Isso sem falar que ele mora lá nos confins de Niterói e nós sempre vamos aos aniversários na maior boa vontade (mesmo com as crianças, pegando 3 conduções, inclusive a barca, demorando 3 horas pra chegar e tendo sempre que gastar uns 30 de táxi na volta, porque sempre é tarde e as crianças acabam dormindo até chegar o Rio).
Caramba! Ele tem carro, pode vir no conforto (apesar da distância) e vai gastar, tirando os R$15, apenas o que ele julgar que pode.
Parece que ele se sentiu ofendido de termos feito o convite!!! Mas se não convidássemos, ficaria tão ofendido, ou mais.
Não entendo muito bem essas pessoas que estão sempre reclamando de tudo. Pô, curte a vida! Seja mais leve!
Vou parar por aqui, porque já estou me sentindo uma tia-velha-chata-resmungona.
E vamos acabar com essa pobreza de espírito! um pouco de educação e gentileza não fazem mal a ninguém!
1 Comments:
Olha, mas vc é muito paciente. eu n falaria que ele n é obrigaod a ir, eu falaria: "se não quer ir, não vá. só não enche o saco". Fala sério! vcs vão se divertir bem mais sem essa mala.
3:48 PM
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